Quem ama os Animais não solta fogos!



Com as festas de fim de ano, donos de animais de estimação têm uma preocupação extra: os fogos de artifícios. O barulho provocado pela queima deixa os bichos assustados e o medo acaba, muitas vezes, fazendo com que os animais, que geralmente são dóceis, acabem atacando alguém. Outras conseqüências deste pânico são as fugas de animais, alguns suicídios (quando o animal enforca-se na própria coleira porque não consegue rompê-la para fugir), graves ferimentos quando atingidos, (ou abocanhando sem saber algum rojão achando que é algum objeto para brincar), traumas, convulsões e até a morte. Mas algumas recomendações podem ajudar nestas ocasiões, tais como:

- Acomodar os animais dentro de casa em lugar onde possam se sentir em segurança, com iluminação suave e se possível um radio ligado com música.
- Procurar um veterinário para sedar os animais no caso de não poder colocá-los para dentro de casa. Animais acorrentados acabaram se enforcando em função do pânico.

- Fechar portas e janelas para evitar fugas e suicídios.

- Dar alimentos leves, pois distúrbios digestivos provocados pelo pânico podem levar à morte.

- Cobrir gaiolas de pássaros e checar cercados de animais (cabras, galinhas etc.).

- Não deixar muitos cães juntos, pois excitados pelo barulho eles podem brigar.

A prevenção é a melhor maneira de evitar episódios desagradáveis, uma vez que veterinários disponíveis no primeiro dia do ano são raros. Seja uma pessoa consciente, diga não aos fogos de artifício.

"Dizem que a passagem de ano é época para se repensar. Como veterinário, eu posso dizer que para meus pacientes o 31 de dezembro é o pior dia do ano. O barulho dos fogos de artifício, associado ao fato de seus donos estarem viajando, provoca um grau de ansiedade tal nos animais que muitos chegam a morrer, principalmente nas tentativas de fugir escalando os muros, ficando presos nas pontas de lança, enforcados ou atropelados. Outros tantos ficam vagando, perdidos para sempre. Isso sem contar os pássaros que morrem ou abandonam os ninhos e as centenas de pessoas feridas ou mutiladas. Quando os chineses iniciaram a tradição de soltar bombas, por acreditar que isso espantava os maus espíritos, isso poderia ter algum sentido. Hoje não vejo explicação para a barulheira. Bem-vinda a iniciativa dos franceses este ano de proibir os estouros. Muitos animais e muitas mãos e braços foram preservados."

- Sylvio Renato Mehler Elias, Médico Veterinário


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